quinta-feira, 26 de junho de 2008

O meu primeiro filme

O lançamento de um filme ou vídeo que produzimos sempre é um momento único para a equipe. Na segunda-feira aconteceu a primeira exibição do "Fome de Quê?", curta-metragem que dirigi e que marca uma estréia em 35mm, já que foi captado em vídeo e após o transfer ganhou os fotogramas da película. A partir da sexta-feira o filme entra em cartaz em Santa Maria, na Movie Arte Cinema, conjuntamente com o longa “Valsa para Bruno Stein”, do diretor Paulo Nascimento.

Independente dos conceitos de gostar ou não gostar da história de “Fome de Quê?” – o que cabe ao espectador - estou agradecido pelo fato da fruição que o filme despertou nos espectadores presentes na estréia. Esse momento único do contato do espectador com a grande tela, dentro da sala escura, produz as mais diferentes reações, externadas e tantas outras não. Muitas que ficam em nosso inconsciente e que não manifestamos. Outras conscientes que nem reagimos. A história de cada assistência a um filme é o momento de maior intensidade, de todo o tipo de reação.
O curta é o resultado coletivo do trabalho de muitos. São assim os filmes. Resultados da união de pessoas em torno de um trabalho.

“Fome de Quê” tem um significado muito especial. Trata-se de uma adaptação do conto "Cheiro de Terra", da Eluza Rafo, escrito em 2000, que desde a primeira vez que o li me arrebatou. Eluza também assina a produção executiva do filme.

Essa é à hora de agradecer todo o empenho e dedicação do ator Joel Cambraia. Os laboratórios de preparação do personagem, coordenados pela atriz Denise Copetti, fizeram com que ele se entregasse ao papel de Zé - na infância, Zezinho. Os exercícios e testes de câmera que pude fazer durante esses laboratórios criaram uma sinergia muito especial para que no dia da gravação o ator estivesse com o personagem pronto.

A parceria com o Christian Lüdtke, diretor de fotografia que participou do processo de finalização e também da produção executiva, e com o Gerson Rios Leme, autor da trilha sonora e desenho de som, foi muito importante para chegarmos a um resultado final de acordo com o que tínhamos pensado. Foram muitas conversas e reuniões estudando o roteiro e o processo após as gravações.

Tenho uma relação fortíssima com esse filme. Foram alguns anos de minha vida para fazê-lo chegar ao público. São 13 minutos que dedico a minha irmã Marcê Luisa, amiga e confidente, que faleceu em 1997. Também agrego a isso a relação direta e visceral que tenho com o curta onde convidei minha mãe para fazer a voz off da avó de Zezinho.

O mais legal do lançamento foi ver Maria Luiza, minha filha, com quatro anos recém completados correndo para todos os lados antes da sessão de estréia começar.

Agradeço para toda a equipe e a todos que me ajudaram a fazer o “Fome” chegar na tela.

Valeu.



Abaixo segue o release completo de divulgação do filme.

Assista nas salas do Movie Art Cinemas, no Santa Maria Shopping, às 16h45min, 19h e 21h o curta-metragem Fome de quê? conjuntamente com o longa-metragem Valsa Para Bruno Stein, de Paulo Nascimento.
 
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Nessa sexta, 27 de junho, entra em cartaz em Santa Maria, o curta-metragem “Fome de Quê?”, dirigido por Luiz Aberto Cassol e   produzido em Santa Maria, pela Finish Produtora.
 
A exibição do curta-metragem ocorrerá antes da exibição do longa-metragem “Valsa para Bruno Stein”, do cineasta Paulo Nascimento.  A parceria oportuniza ao público conferir uma produção santa-mariense nas salas da Movie Art Cinemas, no 4º andar do Santa Maria Shopping.
 
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Sobre “Fome de Quê?” (Brasil, 35mm, 2008)

O filme é uma adaptação de Cassol para o conto Cheiro de Terra, de Eluza Rafo. A história é um questionamento à indiferença da sociedade em relação aos que vivem nas ruas como apresenta a sinopse: “A sociedade acredita que eles nasceram assim... nas ruas. Zé é um deles. Ninguém sabe de sua vida. Todos vão e vêm e ninguém o vê. Ele tem passado. Têm fome. Fome de quê?”

O protagonista, Zé, é interpretado pelo ator santa-mariense, Joel Cambraia, que regrediu à infância de seu personagem em  laboratórios coordenados pela atriz Denise Coppetti e pelo diretor Luiz Alberto Cassol. Também participa do curta o filho de Joel Cambraia, o menino Igor Oliveira Machado.
 
As cenas externas foram realizadas no centro de Santa Maria, na esquina da Rua Venâncio Aires com a Av. Rio Branco, onde inúmeros figurantes participaram de algumas delas, coordenados por quatro produtores.

Fome de Quê? é uma adaptação do conto Cheiro de Terra, escrito em 1999 por Eluza Rafo que também divide o roteiro com Cassol.

O filme é uma realização da Finish Produtora com apoio da Lei de Incentivo à Cultura – LIC de Santa Maria.  
 
Ficha Técnica:
Adaptação do conto Cheiro de Terra de Eluza Rafo
 
Elenco: Joel Cambraia, Igor Oliveira Machado, Terezinha Doroty Brizola Cassol
Direção e Roteiro: Luiz Alberto Cassol
Direção de Fotografia: Christian Lüdtke
 
Direção de Produção: Carolina Berger
 
Montagem: Lucas Mori Flores
 
Trilha Sonora: Gerson Rios Leme
 
Finalização: Christian Ludtke e Evandro Rigon
 
Assistente de Direção: Bebeto Badke  e Éder Amaral de Castro
Continuidade e claquete: Dafne Pedroso

Preparação de Elenco, Figurino e Maquiagem: Denise Copetti
 
Operador de Câmera: Marcos Borba
Desenho de Som: Gerson Rios Leme
 
Chefe de Elétrica: Evandro Rigon
Assistentes de Elétrica:Marcelo Rech e Alexsandro de Oliveira
 
Still: Juliano Pacheco da Luz
 
Coordenação de Figuração: Ênio Savaris, Juliane Fossatti, Leonardo Roat, Luiz Fernando Marques e Rafael Sieg
 
Coordenação de Veículos em Cena: Ricardo Ravanello
 
Assistentes de Produção: Alexandre Soares, Andréia Zanuello, Daniel Leal, Giovane Novotny, Talia Rissman, Mateus dos Santos, Pedro Nascimento e Robson Brilhante
 
Transporte: Reni Aquino Schites - Itararé Tur
 
Material gráfico: Luciano Ribas, a partir da obra de Jaci Lüdtke
 
Produção Executiva: Christian Lüdtke, Eluza Rafo e Luiz Alberto Cassol
 

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Oficina de documentário em Santa Maria


O mês de junho e dos geminianos continua em alta. Tudo bem que a atividade sobre a qual escrevo também entrará no em julho, mês vizinho e cúmplice do frio e do vinho e de tantas edições do Festival de Cinema de Santa Maria.

O fato é que retomo este espaço para falar de cinema. Sim, mais uma vez. De 30 de junho a 04 de julho, estará acontecendo a Oficina do DOC TV 4, ministrada por Ilana Feldman, aqui em Santa Maria, no Centro Cultural CESMA, dentro da programação dos 30 anos da Cooperativa.

São várias oficinas que estão acontecendo em todo o país e, em Santa Maria, se trata de uma rara oportunidade de assistir e debater documentários além de trocar relatos sobre estéticas e narrativas documentais e de docudramas. Tive a grata oportunidade de fazer esta mesma oficina há dois anos em Porto Alegre e recomendo aos interessados na produção audiovisual.

No caso da oficina da próxima semana, ela está aberta para realizadores gaúchos. É um espaço para a discussão de documentários que versem sobre questões regionais e que poderão, caso selecionados posteriormente, ser exibidos em todo o país e também em outros países através das parcerias do projeto DOC TV.

Então, segunda começa. O cartaz aí no início do texto dá uma boa idéia do que vem pela frente. Mais informações no site da CESMA em www.cesma.com.br e no site da TVE em www.tve.com.br.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

7° SMVC - projetando a Sétima Arte nos 150 anos de Santa Maria


Pessoal, abaixo segue o release de divulgação do 7º Santa Maria Vídeo e Cinema. Acima o cartaz de divulgação que irá servir de base para todas as peças gráficas. A criação é do cartunista Joacir Xavier, o Jô, da Tríade Gestão de Imagem.

Nele estão retrados filmes e fases do cinema nacional, ambientadas para Santa Maria, no Largo da Locomotiva, onde está localizado a obra Vento Norte, da artista Ana Norogrando. A troféu do festival é uma réplica da obra de Norogrando.

Entre os filmes homenageados no cartaz está o longa-metragem santa-mariense Manhã Transfigurada, do cineasta Sergio de Assis Brasil. O filme será lançado em 2008.

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7° SMVC - projetando a Sétima Arte nos 150 anos de Santa Maria

O Festival Santa Maria Vídeo e Cinema (SMVC) chega à sua sétima edição reafirmando seu principal objetivo: ser democrático, plural e independente. Democrático porque abre espaço para o acesso do público ao cinema. Plural pois apresenta através de sua programação e curadoria, as mais diferentes produções de curta, média e longa-metragem que abordam os mais variados temas. Independente pois abre espaço para filmes e vídeos de produtores independentes de todo o país e também exterior ao mesmo tempo em que é organizado e produzido por um grupo de pessoas apaixonadas por cinema.

Em 2008 o tema do festival é: 7° SMVC - projetando a Sétima Arte nos 150 anos de Santa Maria. Sintetizando uma homenagem do cinema ao momento da cidade. Santa Maria completa, no ano de 2008, 150 anos de emancipação. As peças gráficas foram criadas pelo cartunista Joacir Xavier, o Jô, e retratam fases do cinema nacional, ambientado em Santa Maria.

Neste ano, além da realização de mostras de filmes e vídeos no Theatro Treze de Maio, Praça Saldanha Marinho e Cineclube Lanterninha Aurélio – Centro Cultural CESMA, também estaremos realizando exibições em vários bairros de Santa Maria.

Também é característica do festival a realização da Mostra RodaCine e do Seminário Gaúcho de Cinema, em parceria com a Estação Cinema – Associação dos Profissionais Técnicos de Cinema e Vídeo de Santa Maria. Esse ano o Prêmio Estação Cinema volta a ser entregue para um técnico de Santa Maria e Região. O prêmio foi entregue uma única vez, em 2005, e o vencedor foi Evandro Rigon. Outra característica do SMVC são as oficinas, exposições e debates.

Uma das grandes novidades da nova edição é a realização da Mostra SMVC na Internet para filmes e vídeos com de até 02 minutos de duração, de diferentes temáticas e que podem ser enviados de qualquer país, legendados ou falados em português, espanhol, francês ou inglês. Dessa forma o festival abre cada vez mais espaço para as produções internacionais, reafirmando a busca pelo intercâmbio de realizadores.

As inscrições para a Mostra SMVC na Internet começarão em agosto apenas pela Internet e os vídeos inscritos serão selecionados pela curadoria da ONG Santa Maria Vídeo e Cinema e exibidos no site do festival.

A ONG Santa Maria Vídeo e Cinema é a entidade realizadora do Festival de Cinema Santa Maria. É uma entidade civil, sem fins lucrativos formada por pessoas que trabalham na coordenação e produção do festival desde sua primeira edição, em 2002. A ONG é formada por Carlos Alberto Badke, Clayton Renan Coelho, Christian Lüdtke, Luciano Ribas, Luiz Alberto Cassol, Marcos Borba e Orlando Fonseca.

Além do festival a ONG também promove e apóia a realização de mostras e oficinas. É parceira no projeto Cineclube Lanterninha Aurélio - Projeto Cultural da CESMA - Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria Ltda e da Oficina de Vídeo – TV OVO. Em 2008 a Estação Cinema com o apoio do SMVC, lança o DVD Estação Cinema Vol 1, que tem uma seleção de curtas realizados por diretores da cidade e região.

A Mostra Competitiva, em 2007, teve um número recorde de inscritos, tanto na Mostra Nacional quanto na Mostra de Santa Maria e região. Foram 384 inscritos, sendo que 23 curtas-metragens de Santa Maria e região. As inscrições para as mostras competitivas de curtas do 7º Santa Maria Vídeo e Cinema podem ser feitas através do site www.smvc.org.br, entre 27 de maio e 27 de julho (data de postagem).

O festival deste ano acontece de 17 a 22 de novembro, de 2008, em Santa Maria, RS, Brasil.

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7º SANTA MARIA VÍDEO E CINEMA - SMVC

Objetivo

Reafirmar a condição buscada desde a primeira edição, em 2002.
Ser democrático, plural e independente.



Tema

7° SMVC - projetando a Sétima Arte - nos 150 anos de Santa Maria

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Santa Maria Vídeo e Cinema
www.smvc.org.br
Rua Baden Powell, 420
Santa Maria, RS, Brasil
CEP - 97110-120
+55(55) 8117 4546